quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Em Vilhena, engenheiro e empresário se animam com “floresta Plantada”

Em Vilhena, engenheiro e empresário se animam com “floresta Plantada” 


Renda anual por hectare é de R$ 36 mil

Técnicos e cultivadores de florestas, que acreditam e incentivam o plantio de florestas em áreas degradadas em Rondônia, garantem que dinheiro dá em árvore, e muito. As espécies eucalipto, pinus, teca e pinho cuiabano já estão sendo plantadas, extraídas e comercializadas nos mercados nacional e internacional. É um atrativo, principalmente, aos pequenos produtores rurais na formação de uma “poupança verde”.

As florestas já são realidade em várias partes de Rondônia. A mata plantada traz dividendos que estão gerando recursos aos produtores. O beneficiamento da madeira, a goma-resina e o sequestro de carbono originam os principais lucros.

“Quem plantar três hectares do pinho cuiabano terá uma renda de R$ 36 mil/ano, por exemplo”, informou o técnico florestal Adilson Pepino, de Ji-Paraná.

Com um investimento de R$ 12 mil, de acordo com os técnicos, pode se obter até R$ 500 mil em madeiras certificadas ao longo de 12 a 14 anos.

“O cultivo de floresta, de forma geral, produz muito mais do que a pecuária e a agricultura”, afirma o engenheiro florestal Aparecido Donadoni, alertando para o incremento da renda local e regional, favorecendo a atração de investimentos e indústrias para a região plantada.

“Onde tinha pinus plantado em escala de floresta no Brasil fui conhecer. Viajei até para a China, um dos maiores detentores de floresta desta espécie no mundo”, disse entusiasmado Antônio Marques, motivado a ampliar anualmente a floresta dele, a 25 quilômetros do centro de Vilhena.

Em 2015, as florestas plantadas chegaram a 7,6 milhões de hectares, menos de 1% da área produtiva do País, mas ocupa o terceiro lugar no saldo da balança comercial. O setor responde a 75% de tudo o que é consumido pelas indústrias de base florestal, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Em Ji-Paraná, o fazendeiro e industrial Mário Luiz Ramos Alferes encontrou a solução para um dos negócios dele, uma indústria de laminação. Ele iniciou em 2015 o plantio de 500 hectares de floresta de paricá. Dessa espécie, o principal produto é o laminado. “Todo o laminado produzido é exportado para Alemanha. Mercado garantido”, citou Adilson Pepino.

“A madeira da Teca, espécie mais cultivada na região de Ouro Preto do Oeste, também é toda exportada”, adiantou o fazendeiro Jaques Testoni, que preside a Associação Rondoniense e Floresta Plantada (Arflora), instituição colaborativa na difusão do plantio técnico de florestas.


O plantio de árvores é um negócio lucrativo e sustentável porque beneficia aspectos econômicos, sociais e ambientais. “Estas florestas contribuem decisivamente para a redução da pressão sobre as florestas nativas”, explica o coordenador de Florestas Plantadas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), o engenheiro florestal Edgard Menezes, garantindo que o governo de Rondônia já conta com legislação pertinente ao reflorestamento por espécies nativas e exóticas

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