Lenda da Onça Pintada
Após a invasão de uma
aldeia indígena por uma tribo inimiga, todos os guerreiros levaram as virgens
para, posteriormente, se aproveitarem das conquistas. Uma bela moça escapou e
foi se esconder numa caverna. Ficou lá dias a fio, sem comer, saciando a sede com
o orvalho depositado nas folhas. Fraca, só conseguia dormir e, ao menor ruído,
abria os olhos na escuridão. Numa noite de luar, quando a caverna recebeu um
pouco mais de luz, a índia notou o brilho no olhar da onça que a observava. Não
conseguiu se mexer e, apavorada, notou a fera rastejando na sua direção.
A onça
apoiou a cabeça nas suas coxas e começou a lambê-la. Ergueu a cabeça, lambeu o
seio e, de repente, a moça se viu abraçada e acariciada por um belo jovem,
vigoroso, cabelos pretos seguros por um diadema ilustrado com a cabeça de uma
onça pintada. Amaram-se loucamente e, na penumbra, o moço ofereceu-lhe várias
espécies de frutas frescas amontoadas num canto da caverna. Quando o dia
começou a raiar, o jovem rapidamente retirou-se. Ela correu até a entrada da
caverna para vê-lo partir, mas não havia mais ninguém. Ao longe, avistou apenas
uma onça pintada. Nas noites de lua cheia, a onça voltava e a moça sentia o
prazer do contato com o guerreiro. Quando a lua mudou, a jovem permaneceu
sozinha, tendo apenas como lembrança o diadema com cara de onça. Já de volta à
aldeia, após verem o diadema segurando seu cabelo, todos a tratavam como rainha
da floresta, sempre com muito respeito, mesmo nas noites de luar, quando viam
uma onça pintada entrar na sua oca – e sair de lá apenas ao amanhecer. Dizem
que as moças de várias tribos passaram a usar enfeites iguais ao da jovem
rainha para terem também uma grande paixão.
Mais Sobre a Onça Pintada
Mais Sobre a Onça Pintada
É uma espécie de mamífero carnívoro da família Felidae encontrada nas Américas. É o
terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o
maior do continente americano.
Ocorria nas regiões quentes e temperadas, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina.
Se assemelha ao leopardo fisicamente, se diferindo desse, porém, pelo padrão de manchas na pele e
pelo tamanho maior. Pode ser encontrada principalmente em ambientes de florestas tropicais, mas também é encontrada em ambientes mais abertos.
A onça-pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável,
juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. É, geralmente,
solitária. É um importante predador,
desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das
populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa,
mesmo em relação aos outros grandes
felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através
do crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro. Apesar
de reduzida, sua distribuição geográfica ainda é ampla. Ela faz parte da
mitologia de diversas culturas indígenas americanas, incluindo a dos maias,astecas e guarani. Na mitologia maia,
apesar de ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de
iniciação dos homens como guerreiros. "Onça"
origina-se do termo grego lygx,
através do termo latino luncea e do termo italiano lonza. No Brasil, o
nome "onça-pintada" é o mais utilizado, sendo que "pintada"
é uma alusão à pelagem cheia de manchas e rosetas, ao contrário da outra
"onça", a onça-parda. A onça-pintada é o único membro atual do
gênero Panthera no Novo Mundo.Filogenias moleculares evidenciaram que o leão, o tigre, o leopardo, o leopardo-das-neves e o leopardo-nebuloso compartilham um ancestral em comum exclusivo, e esse ancestral viveu
entre seis e dez milhões de anos atrás apesar do registro fóssil apontar o
surgimento do gênero Panthera entre 2 000 000 e 3 800 000 de anos
atrás. Estudos filogenéticos geralmente mostram o leopardo-nebuloso como um táxon basal ao gênero Panthera.
Apesar de habitar o continente americano, a onça-pintada
descende de felinos do Velho Mundo. Cerca de 2,87 milhões de anos atrás, a
onça-pintada, o leão e oleopardo, compartilharam um ancestral comum na Ásia.
No início do Pleistoceno, os precursores da atual onça atravessaram a Beríngia e chegaram na América do Norte: a
partir daí alcançaram a América Central e a América do Sul. A
linhagem da onça-pintada se separou da linhagem do leão (que compartilham um
ancestral comum exclusivo, sendo a espécie mais próxima da onça-pintada), há
cerca de 2 milhões de anos.
Origem; wikipedia poliartes
Visão levando conhecimento até você!
muito bom
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