sábado, 5 de abril de 2014

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Lenda da Onça Pintada


Após a invasão de uma aldeia indígena por uma tribo inimiga, todos os guerreiros levaram as virgens para, posteriormente, se aproveitarem das conquistas. Uma bela moça escapou e foi se esconder numa caverna. Ficou lá dias a fio, sem comer, saciando a sede com o orvalho depositado nas folhas. Fraca, só conseguia dormir e, ao menor ruído, abria os olhos na escuridão. Numa noite de luar, quando a caverna recebeu um pouco mais de luz, a índia notou o brilho no olhar da onça que a observava. Não conseguiu se mexer e, apavorada, notou a fera rastejando na sua direção. 








A onça apoiou a cabeça nas suas coxas e começou a lambê-la. Ergueu a cabeça, lambeu o seio e, de repente, a moça se viu abraçada e acariciada por um belo jovem, vigoroso, cabelos pretos seguros por um diadema ilustrado com a cabeça de uma onça pintada. Amaram-se loucamente e, na penumbra, o moço ofereceu-lhe várias espécies de frutas frescas amontoadas num canto da caverna. Quando o dia começou a raiar, o jovem rapidamente retirou-se. Ela correu até a entrada da caverna para vê-lo partir, mas não havia mais ninguém. Ao longe, avistou apenas uma onça pintada. Nas noites de lua cheia, a onça voltava e a moça sentia o prazer do contato com o guerreiro. Quando a lua mudou, a jovem permaneceu sozinha, tendo apenas como lembrança o diadema com cara de onça. Já de volta à aldeia, após verem o diadema segurando seu cabelo, todos a tratavam como rainha da floresta, sempre com muito respeito, mesmo nas noites de luar, quando viam uma onça pintada entrar na sua oca – e sair de lá apenas ao amanhecer. Dizem que as moças de várias tribos passaram a usar enfeites iguais ao da jovem rainha para terem também uma grande paixão.


Mais Sobre a Onça Pintada
É uma espécie de mamífero carnívoro da família Felidae encontrada nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. Ocorria nas regiões quentes e temperadas, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Se assemelha ao leopardo fisicamente, se diferindo desse, porém, pelo padrão de manchas na pele e pelo tamanho maior. Pode ser encontrada principalmente em ambientes de florestas tropicais, mas também é encontrada em ambientes mais abertos. A onça-pintada está fortemente associada com a presença de água e é notável, juntamente com o tigre, como um felino que gosta de nadar. É, geralmente, solitária. É um importante predador, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros grandes felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro. Apesar de reduzida, sua distribuição geográfica ainda é ampla. Ela faz parte da mitologia de diversas culturas indígenas americanas, incluindo a dos maias,astecas e guarani. Na mitologia maia, apesar de ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros. "Onça" origina-se do termo grego lygx, através do termo latino luncea e do termo italiano lonza. No Brasil, o nome "onça-pintada" é o mais utilizado, sendo que "pintada" é uma alusão à pelagem cheia de manchas e rosetas, ao contrário da outra "onça", a onça-parda. A onça-pintada é o único membro atual do gênero Panthera no Novo Mundo.Filogenias moleculares evidenciaram que o leão, o tigre, o leopardo, o leopardo-das-neves e o leopardo-nebuloso compartilham um ancestral em comum exclusivo, e esse ancestral viveu entre seis e dez milhões de anos atrás apesar do registro fóssil apontar o surgimento do gênero Panthera entre 2 000 000 e 3 800 000 de anos atrás. Estudos filogenéticos geralmente mostram o leopardo-nebuloso como um táxon basal ao gênero Panthera.  Apesar de habitar o continente americano, a onça-pintada descende de felinos do Velho Mundo. Cerca de 2,87 milhões de anos atrás, a onça-pintada, o leão e oleopardo, compartilharam um ancestral comum na Ásia. No início do Pleistoceno, os precursores da atual onça atravessaram a Beríngia e chegaram na América do Norte: a partir daí alcançaram a América Central e a América do Sul. A linhagem da onça-pintada se separou da linhagem do leão (que compartilham um ancestral comum exclusivo, sendo a espécie mais próxima da onça-pintada), há cerca de 2 milhões de anos.

Origem; wikipedia poliartes

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